Uma colaboração: Laborotório de Arte Pública - L.S.T. + NUPRED + Casa dos Meninos + Crianças e Adolescesntes de Comunidades diversas da cidade de Fortaleza.
"Política? Sem dúvida, porém não como temática ou ideologia, "artisticamente" representados. Uma política reiventada, que se faz indissociavelmente prática artística. Ela não representa o real, nem imagens de seu futuro, mas coloca o real em movimento e o expõe na intimidade de sua nudez: as forças que o animam, afetos de corpos humanos e inumanos em seus acoplamentos e germinações. O que a política assim praticada pretende é "tornar visível o invisível", como já dizia Paul Klee, inventando-lhe linguagens compatíveis." Suely Rolnik, 1997.
“No espaço público, onde raças, classes e gêneros diferentes se cruzam e toda a reivindicação à autoridade cultural provavelmente será contestada, é necessária uma linguagem que estimule a participação e a troca aberta em vez de declarações impositivas como “eis” ou “pegue” ou “largue”.” Michael Brenson, 1996.
“A palavra experimental é apropriada, não para ser entendida como descritiva de um ato a ser julgado posteriormente em termos de sucesso e fracasso, mas como um ato cujo resultado é desconhecido”. Hélio Oiticica, 1960.
“O deslocamento da produção artística do campo estritamente específico de suas linguagens para o ambiente ampliado das relações culturais já foi enunciado como sendo uma passagem da arte do campo estético para o político, uma vez que o que se faz hoje tende a estar mais próximo da cultura do que da arte. Porque se a estética fundamenta a arte, é a política que fundamenta a cultura”. Cildo Meireles, 1970